Passei boa parte da minha vida refletindo sobre a vida, observando pessoas, lendo livros, procurando professores e modelos, tentando distinguir entre o que realmente importa e o que apenas parece importante em dado momento. Eu não aspiro à sabedoria, mas aprendi que:
• cada um de nós está aqui por um propósito; descobrir qual é esse propósito requer tempo e honestidade, autoconhecimento e conhecimento do mundo à nossa volta. O propósito existe: só precisa ser descoberto.
• cada um de nós possui uma constelação única de talentos, um raio de ação que é só nosso e, dentro dele, pequeno como uma família ou amplo como um Estado, temos a capacidade de ser uma presença transformadora;
• o lugar onde o que nós queremos fazer se encontra com o que precisa ser feito é o lugar onde Deus quer que estejamos;
• mesmo o menor ato de bondade pode mudar a vida de alguém;
• importante não são as honrarias que recebemos, mas a honra que damos;
• o que conta não é a riqueza que acumulamos, mas o quanto partilhamos daquilo que temos;
• as pessoas que passam pelo menos uma parte de suas vidas atendendo as necessidades de outras são as pessoas mais felizes e realizadas que conheço;
• o maior presente que podemos dar aos nossos filhos é deixar que eles nos vejam fazendo um sacrifício em nome de um ideal;
• as religiões alcançam seu nível mais elevado quando param de se preocupar com as almas das pessoas e passam a cuidar das necessidades físicas dessas pessoas;
• nenhuma religião que persegue outras é digna de respeito, e nenhuma religião que condena outras merece admiração;
• nós honramos o mundo que Deus criou e chamou de bom ao procurar e honrar o bem que existe nos outros e no mundo;
• uma conduta pouco ética não traz compensações. A curto prazo, pode até haver algum ganho, mas, no longo prazo, a perda é certa – e o que importa é o longo prazo;
• a saúde moral não é menos relevante para a qualidade de vida que a saúde física;
• um elogio pode dar significado à vida de alguém;
• menosprezando outros, nó nos tornamos menores; engrandecendo-os, nós nos elevamos;
• o mundo é um livro no qual nossa vida é um capítulo. A questão é se nosso capítulo inspirará o leitor;
• cada dia é uma pergunta que Deus nos faz;
• nenhuma situação é acidental: estamos aqui, agora, neste lugar, em meio a estas pessoas, nestas circunstâncias, porque temos uma ação a realizar ou uma palavra a dizer que restabelecerá uma das fraturas do mundo;
• poucos são os dias em que não podemos fazer diferença na vida de alguém; o valor de uma pessoa não precisa ser visível para angariar respeito;
• os melhores são aqueles que fazem o bem sem pensar em recompensa, que entendem que ajudar os outros é um privilégio, antes mesmo de ser uma oportunidade;
• o cinismo diminui a pessoa que faz uso dele;
• atender aos próprios interesses nada tem de interessante;
• não é o mais rico ou poderoso, ou bem-sucedido ou aquele que se julga importante, que faz a maior diferença ou que desperta mais amor;
• a dor e a solidão são formas de energia que podem ser transformadas se revertidas e usadas para amenizar a dor e a solidão do outro;
• as pessoas que deixam mais saudade são aquelas que trouxeram esperança às nossas vidas;
• a capacidade de dar é uma dádiva;
• nós podemos fazer diferença, e é somente fazendo essa diferença que resgatamos uma vida, erguendo-a daquilo que é mera existência e revestindo-a de glória;
• aqueles que dão aos outros são o que encontraremos de mais próximo à Presença Divina nesta nossa breve vida na terra;
• a melhor maneira de receber uma bênção é ser uma bênção;
• se ouvirmos com a devida atenção – e ouvir é uma arte que requer longo treino e muita humildade, – escutaremos a voz de Deus no coração humano nos dizendo que há trabalho a ser feito e que Ele precisa de nós.
Trecho extraído do livro Para Curar um Mundo Fraturado – A Ética da Responsabilidade
Autor: Jonathan Sacks
Editora Sêfer
Páginas: 354
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