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Introdução ao Judaísmo

Quem são os judeus? Em que acreditam? Quem é o Deus deles?

4 anos ago
25 comentarios
por Editora e Livraria Sêfer
judeus
Escrito por Editora e Livraria Sêfer

Em sua obra “Bem-vindo ao judaísmo”, antes de iniciar sua apresentação do judaísmo, o recém-falecido Rabino Maurice Lamm Z”L (de abençoada memória) faz a “pergunta das perguntas”: “QUEM SOMOS?”

E ele prossegue: “Antes de prosseguir com a descrição dos ideais e costumes do judaísmo, convém que nos apresentemos. Afinal, quem são os judeus?” E ele diz como fará isso: “Iremos responder-lhe dizendo em que acreditamos, quem é nosso Deus, o que Ele solicita de nós, quais são nossas metas e costumes, e por que os judeus foram escolhidos para cumprirem uma missão eterna e são o objeto de perpétuo preconceito.”

  Nós, o povo de Israel, somos os descendentes dos patriarcas Abrahão, Isaac e Jacob e das matriarcas Sara, Rebeca, Raquel e Léa, aos quais Deus escolheu e com quem Ele fez Sua aliança eterna. Eles, que falaram com Deus e acreditaram profundamente em Sua Providência, moldaram o futuro do povo judeu. Nós temos mais de três mil anos, mas recebemos de Deus a promessa de um futuro ilimitado, “a semente de eternidade que Ele plantou em nós”. E nos esforçamos para permanecermos fiéis à crença dos antecessores.

Após sucessivos períodos de fome na terra de Canaã (a terra prometia a Abrahão), por volta do ano 1500 a.e.c., Jacob desceu ao Egito, onde seu filho, José, tornara-se vice-rei. Dois séculos depois, um faraó que “não conhecera José”, escravizou os judeus e afogou seus primogênitos por medo de que crescessem, prosperassem e acabassem derrubando a monarquia. Deus então redimiu os judeus desta escravidão no exílio e os trouxe para o deserto. Lá, ao pé do Monte Sinai, Deus revelou-Se em uma experiência mística que mudou a história do mundo. Moisés, o maior profeta judeu, aprendeu a Torá e sua interpretação, e trouxe as duas tábuas com os Dez Mandamentos nela gravados. Deus primeiro fez sua aliança com Abrahão e depois uma aliança recíproca e obrigatória, formal e pública, com todo o povo judeu, no Monte Sinai.


Após a redenção do Egito e a Revelação no Sinai, os judeus atravessaram o deserto em direção à Terra Prometida, mas eles não souberam lidar com a liberdade recém-adquirida, a abundância de comida, as nuvens que os guiaram e protegeram de dia e de noite; e eles marcaram sua marcha com recalcitrância e rebelião, com defeitos e futilidades. Mesmo depois das várias intervenções milagrosas que Deus fez a seu favor, eles ainda duvidaram de que Ele os conduziria em segurança a Canaã e, por sua falta de fé, foram condenados a morrer depois de vagarem errando durante quarenta anos no deserto. A geração seguinte, com a ajuda de Deus e sob a liderança de Josué, conquistou a Terra que lhes foi prometida. O povo de Israel, a Torá de Israel e a Terra de Israel, todos escolhidos por Deus, estavam agora unidos.

A seguir, a nossa história tem o desmembramento e consolidação alternados destas três escolhas Divinas – o povo cumprindo a Torá e prosperando na Terra, depois esquecendo-se da Torá, virtualmente se autodestruindo, sendo exilado da Terra e depois retornando em triunfo espiritual. É uma série impressionante de escaladas até os picos mais elevados e tropeços até os pontos mais baixos do espírito; de exílio e retorno à Terra; castigo e recompensa; de dois Templos construídos e destruídos; de imensas contribuições aos ideais e esperanças da civilização, e dos inacreditáveis sofrimentos que sempre atingiram o judeu, instando-o a desistir do empreendimento de fé de Abrahão, a Lei Mosaica e a missão profética. É uma marcha dinâmica e criativa através das gerações, dos profetas e sacerdotes, eruditos e escribas, rabinos e juízes, pessoas pobres e financistas, pessoas que realizaram muito e indivíduos comuns, numerosos estudiosos e um punhado de guerreiros.

Perdemos milhões de pessoas durante os longos e sombrios séculos de diáspora – especialmente durante o exílio de 1900 anos entre a destruição do Templo e Jerusalém no ano 70 e.c. Mas o judaísmo – a Torá, a Terra de Israel, o povo eleito – sobreviveu, sempre redimido pela mão estendida de Deus que dá e tira – e devolve.

Nós judeus caracteristicamente temos orgulho de nossa herança, embora nem sempre a mantenhamos fielmente. Acreditamos ser os herdeiros de uma gloriosa tradição, que consideramos a mais magnífica existente nos anais da humanidade. Dentro de nossos ossos está a medula dos profetas e filósofos. Em nossas veias corre o sangue de sábios como Hilel e Rabi Akiva, de Rashi e Maimônides, de mártires e homens santos, de mestres e pensadores, pioneiros e heróis. Em nossos corações bate o ritmo dos martelos dos grandes construtores dos dois Templos Sagrados, de uma Terra Santa, uma cultura imortal, de sinagogas, escolas e instituições filantrópicas. Não é muito difícil para a maioria de nós acreditar que o povo que escolheu Deus foi escolhido por Deus.

Há lições importantes a serem aprendidas de nossa história.

Em primeiro lugar, os judeus originaram-se em forma de uma família que cresceu para tornar-se uma nação. Isto é importante não só como um dado sócio-político curioso, mas como base para a ética judaica. Isto sublinha a ideia de Ahavát Ha’Rea, amor pelo seu semelhante, pelos companheiros judeus, por todas as pessoas justas, como membros da mesma família. Da mesma forma que o amor familiar vai além dos fatores de união, como passado comum e metas compartilhadas, e é também uma ligação existencial, assim também devemos amar o próximo porque foram criados à imagem de Deus, o Pai de toda a humanidade. Até hoje, esta nação de judeus é denominada “Casa de Israel”.

Em segundo lugar, esta família não cresceu somente pelo aumento natural de parentes consanguíneos, mas devido também àqueles que entraram nela por meio do “casamento” e se consideram parte da família – os convertidos que esposam a ideia de Deus e da Torá e se unem a este povo. Eles enriqueceram e aumentaram a família original de judeus.

Em terceiro lugar, diferentemente de outros povos, o povo judeu tornou-se uma nação no momento em que adquiriu liberdade, antes de ter uma Terra, quando saiu do Egito quarenta anos antes de conquistar a Terra Prometida. O simples fato dos judeus terem sido reunidos por ideias antes de terem uma Terra pode muito bem ter sido o gerador de sua capacidade de sobreviver durante séculos sem seu lar, quando possuíam somente a Torá em comum.

Em quarto lugar, esta família tornou-se uma nação, foi escolhida por Deus, como o foram sua Terra e sua Lei, para testemunhar Sua lei moral na Terra e trazer à civilização os conceitos de fraternidade entre os homens e as famílias de nações. Ao serem escolhidos, eles passaram a carregar o fardo de serem um povo antes de experimentarem os prazeres e a segurança da nacionalidade.


Leia a continuação a partir da página 259 do livro BEM-VINDO AO JUDAÍSMO.

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25 Comments

  • Solemar Galvão disse:
    1 de junho de 2017 às 14:35

    Muito obrigada, estou lendo tudo com muita atenção e carinho. E novamente obrigada.

    Responder
  • Antonio Trajano de Oliveira Filho disse:
    2 de julho de 2017 às 08:10

    Bom Dia! Bem esclarecedor os ensinamentos. Mas, quero falar com os senhores sobre a ORIGEM DE DEUS. Sobre o corpo espiritual de Deus e sobre o como? Deus criou os céus e a terra? Com que ferramenta?

    Responder
    • Maria de Lourdes da Silva disse:
      28 de setembro de 2017 às 16:47

      D’us criou os céus e a terra, e a ferramenta foi com sua palavra q tem todo o poder,e disse D’us! e tudo ele fez.

      Responder
    • Edmaria disse:
      14 de abril de 2018 às 09:37

      Com suas próprias mãos ele fez nós (os seres humanos)e com sua boca dizendo haja luz,água, animais…E houve luz,separação entre o dia e a noite,houve água,animais de todas as espécies mamíferos, carnívoros, ovíparos etc.
      GÊNESIS 1 POR DIANTE (BÍBLIA SAGRADA)espero ter ajudado????

      Responder
    • Fernando disse:
      24 de abril de 2018 às 22:41

      Deus criou o mundo falando , a terra era sem forma e vazia , é Deus disse haja luz e houve luz , em Gêneses 1:1 pra frente vc vai ver

      Responder
    • Josilene Barbosa da Silva disse:
      29 de abril de 2018 às 19:32

      Meu querido, Deus é Deus.. Fez todas as coisas por si mesmo. Nao creres?

      Responder
  • edimar xavier disse:
    22 de julho de 2017 às 20:28

    Excelente trabalho de divulgaçao da literatura disponivel.
    Muito grato.
    Edimar Xavier

    Responder
  • Vanderlei Correa disse:
    11 de agosto de 2017 às 13:29

    ‘O milagre não prova o impossível; serve, apenas, como confirmação do que é possível’
    Textos Judaicos

    Responder
  • Roberto Rocha disse:
    28 de março de 2018 às 10:29

    Muito grato mensagens de grande aprendizado.

    Responder
  • Carla Alves disse:
    29 de março de 2018 às 23:46

    Boa noite vocês no relatam a vida é o ministério de Jesus porque vcs não acreditam?

    Responder
  • Antônio Carlos Garcia disse:
    5 de abril de 2018 às 15:03

    Antônio Carlos Garcia

    Muito esclarecedor este trabalho de vocês, pretendo aprender muito mais sobre YaoshorUl, e sobre Yáohuh meu Eterno Aba, irei me aprofundar nestes estudos, preferindo ser o hebraico da Torá e não B’rit Hadashah (NT), meu muito obrigado.

    Responder
  • Odair Barreto disse:
    18 de maio de 2018 às 19:18

    Muito bom para conhecimento do povo e do Deus de Israel

    Responder
  • samuel quirino dos santos disse:
    21 de julho de 2018 às 02:37

    AS BOAS OBRAS SANTIFICA O HOMEN

    Responder
  • Anabela Maria de Almeida Coelho disse:
    3 de outubro de 2018 às 06:50

    Obrigada pelas vossa mensagens, gosto muito de ler tudo o que diz respeito a Deus e ao povo judeu, vou continuar a ler tudo com muito carinho e que Deus nos ilumine sempre no Seu caminho recto que conduz ao Seu Paraíso.
    Amen.

    Responder
  • Alencar disse:
    11 de janeiro de 2019 às 00:04

    Agradeço a gentileza de enviarem conteúdos sobre a história de Israel; nação pela qual tenho grande admiração.
    Shalom!

    Responder
  • Andrea Maciel disse:
    28 de janeiro de 2019 às 21:43

    Que interessante, obrigada pelas informações.

    Responder
  • Geraldo Magela disse:
    24 de fevereiro de 2019 às 08:46

    Gostei de receber esse esclarecimento, sobre o velho testamento onde aprendemos não somente sobre a origem do povo Judeu mas a origem dos seres Humanos.
    Como vocês entendem a pessoa de Jesus Cristo no VT, quando ele aparece a Abraão na pessoa de Melquisedeque Rei de Salém?

    Responder
    • Sêfer disse:
      25 de fevereiro de 2019 às 14:43

      Na nossa tradição não há qualquer menção a este personagem, Geraldo.

      Responder
  • Silvana disse:
    7 de março de 2019 às 17:41

    Agradeço muito as mensagens enviadas .

    Responder
  • Janese Mendes disse:
    31 de março de 2019 às 10:02

    Obrigada por compartilhar está informação. Gratidão.

    Responder
  • José Rodrigues Luiz disse:
    2 de março de 2020 às 18:27

    Em uma comunidade Judaica ortodoxa eu soube que quem não é Judeu e entra para a comunidade é chamado de Bney noah ( filhos de Noé) e os Judeus filhos de Abraão.
    – porque eu nunca li essa referência no antigo testamento?
    – onde está escrito que seremos reconhecidos como Bney noah?

    Responder
    • Sêfer disse:
      12 de março de 2020 às 06:06

      O conceito de Bnei Noach de fato não consta na Bíblia Hebraica, porém nos foi ensinado por nossos sábios. Bnei Noach são todos aqueles que não são do povo judeu, automaticamente, e que portanto tem apenas 7 leis para seguir.

      Responder
  • Ornã Bomfim Da Conceição disse:
    13 de abril de 2020 às 20:37

    Boa noite meu nome é ornã eu tenho dentro de mim um amor pela humanidade creio que isso é uma chama divina venho estudando o judaísmo porem não tenho condições de OBTER a tora a onde quero se aprofundar mais e mais gostaria muito de pedir uma doação e tbm fazer o estudo da tora e do judaísmo venho lêndo tudo que vcs me enviam tá sendo ótimo

    Responder
  • Paulo Ferrari disse:
    20 de maio de 2020 às 16:22

    Agradeço a presteza, qualidade e a riqueza das informações. A Nação e o povo de Israel são o berço e depositário das riquezas e bênçãos de Deus. Um povo de grande cultura e sabedoria muito grato.

    Responder
  • Fagner Braga disse:
    25 de junho de 2020 às 14:39

    Informações de grande importância, estou saindo do cristianismo, mas ainda tenho algumas dificuldades a serem resolvidas, mas minhas definições já estão bem claras em relação e D’us, e ao messias.
    Graças ao Eterno Bendito seja, esses pontos doutrinários já encontram-se resolvidos.

    Responder

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