por David Gorodovits
Um turista que passava pelas ruas de Jerusalém parava sempre para apreciar os trabalhos de uma construção, imaginando o que estariam construindo e quanto tempo ainda faltava para que a obra ficasse pronta.
Um dia deteve-se ante a mesma e perguntou a um dos obreiros: “Como é seu trabalho? Como você o faz?”
“É um trabalho fatigante”, respondeu o pedreiro. “Coloco argamassa e assento um tijolo. Coloco argamassa e assento um tijolo. Parece que nunca vai ter fim.”
Decepcionado com a resposta, o turista resolveu repetir a pergunta a outro pedreiro e ouviu uma resposta diferente: “Com o trabalho de minhas mãos consigo ganhar o pão para meus filhos. E isto me deixa feliz”.
Resolveu estender sua pesquisa a mais um dos operários e recebeu uma nova resposta: “O senhor não pode compreender meu trabalho. Somente alguém que, como eu, com suas próprias mãos, constrói um templo a ser dedicado ao Criador do Universo, pode perceber a dimensão de meu trabalho.”
Cada um de nós pode perceber seu trabalho como algo sem sentido, a fonte de sua subsistência ou, se valoriza aquilo que faz, como uma forma de, através de seu empenho, construir um templo dedicado ao Criador do Universo.

