Esta canção elogia as virtudes do grande sábio talmúdico Rabi Shimon bar Yochai, o autor do sagrado Zohar. Essa música é amplamente cantada em Lag BaOmer quando celebramos sua vida e seu falecimento.
Bar Iochai, nimsháchta ashrêcha, shêmen sasson mechaverêcha.
Filho de Iochai, feliz és tu que foste ungido com o azeite da alegria,
mais do que teus colegas.
Bar Iochai, shêmen mish’chat côdesh, nimsháchta mimidat hacôdesh,
nassáta tsits nêzer hacôdesh, chavush al rosh’chá peerêcha.
Com azeite de unção sagrado foste ungido,
e a lâmina de santidade, posto sobre tua cabeça,
levaste com glória.
Bar Iochai, moshav tov iashávta, iom násta iom asher bachárta,
bim’arot tsurim sheamádta, sham caníta hodechá vahadarêcha.
Feliz estadia foi aquela que passaste
nas cavernas rochosas no tempo em que fugiste;
lá adquiriste tua glória e teu esplendor.
Bar Iochai, atsê shitim omedim, limudê Adonai hem lomedim,
or muflá or haicod hem iocdim, halo hêma iorúcha morêcha.
Como duradouras madeiras de acácia,
assim são os ensinamentos de Deus,
resplandecentes como a luz do fogo,
que tu ensinaste e que os mestres seguem propagando.
Bar Iochai, velisde tapuchim, alíta lilcot bo mercachim,
sod Torá ketsitsim ufrachim, naasse adam neemar baavurêcha.
Ao campo das maçãs subiste
para colher perfumes – os mistérios da Torá – como brotos e flores;
as palavras “façamos o homem” foram ditas para a tua pessoa.
Bar Iochai, neezárta bigvurá, uvmilchêmet esh dat hashára,
vechêrev hotsêta mitára, shaláfta nêgued tsorerêcha.
Foste dotado de extrema valentia,
e quando a guerra do conhecimento bateu nos portões,
sacaste tua espada contra os inimigos.
Bar Iochai, limcom avnê sháish, higáta lifnê ariê láish,
gam gulat cotêret al áish, tashúri umi ieshurêcha.
Chegaste ao lugar de pedras de mármore, diante do enorme leão.
Lá recebeste o diadema do conhecimento das estrelas,
mas quem o compreenderá além de ti?
Bar Iochai, becôdesh hacodashim, cav iaroc mechadesh chodashim,
shêva shabatot sod chamishim, cashárta kishrê shin kesharêcha.
No Santo dos Santos, a linha verde renova os meses;
sete semanas é o mistério do cinquenta,
e amarraste em ti os nós da letra Shin.
Bar Iochai, iod chochmá kedumá, hishcáfta lichvodô peníma,
sheloshim ushtáyim netivot reshit terumá, at keruv mimshach ziv orêcha.
Revelaste a honra mais oculta da letra iod
e as trinta e duas sendas do primeiro dízimo.
Tu és como um querubim ungido com o brilho da luz!
Bar Iochai, or muflá rum mála, iarêta milehabit ki rav la,
taalumá veáyin cora la, námta áyin lo teshurêcha.
Temeste olhar a magnífica luz suprema,
por ser demasiadamente intensa.
De ocultamento e nulidade a chamaste,
pois nenhum olho jamais poderá enxergá-la.
Bar Iochai, ashrê ioladtêcha, ashrê haám hem lomedêcha,
veashrê haomedim al sodêcha, levushê chôshen tumêcha veurêcha.
Afortunado é aquela que te trouxe ao mundo!
Afortunado é o povo que estuda a tua doutrina!
Afortunados são aqueles que chegam a compreender teu segredo!
Tuas revelações são iguais ao peitoral do sumo sacerdote.
Imagem: Arte de Sefira Lightstone
Apresenta todas as rezas e canções clássicas da mesa do Shabat – tanto para ashkenazitas quanto para sefaraditas – em três versões: hebraico, tradução e transliteração. Inclui ainda a Bênção de Graças Após as Refeições (nas 2 versões), as Bênçãos Nupciais, o Kidush para os dias de festa (idem) – inclusive Rosh Hashaná (idem) -, a cerimônia de Ushpizin e canções chassídicas, sefaraditas, em ladino, israelenses e em iídiche. “Serviço completo”!