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Calendário Judaico Contagem do Ômer

Afinal, quem escreveu o Zôhar?

Nos idos de 1270, vários manuscritos começaram a circular entre o cabalistas, criando um tremendo reboliço. Começaram os rumores de que tinha sido descoberto um texto antigo atribuído ao famoso místico do século 2, o Rabi Shimon bar Iochai. Este manuscrito notável foi publicado por um importante cabalista daquele tempo, o Rabino Moshe de León (1238-1305). Antes de 1281, vários textos místicos já estavam citando trechos desta obra que logo ficou conhecida como Zôhar.88

Embora os manuscritos incluíssem duas dúzias de textos, eles foram considerados como um único corpo de literatura. Histórias começaram a ser contadas sobre como estes manuscritos tinham sido escondidos em uma caverna durante mil anos e desenterrados por um rei árabe e enviados a Toledo.89 Outros diziam que o Ramban (Rabi Moshe ben Nachman, 1194-1270) os tinha enviado através de navio para seu filho, mas o navio tinha sido desviado e eles terminaram nas mãos do Rabino Moshe de León. Também havia alguns rumores de que o próprio Rabino Moshe tinha escrito estes livros, usando poderes místicos derivados do “Nome de Escrever”. (N.T.: Este Nome curioso é ensinado ao cabalista que se especializa em camiot e tseruf do Shem Hameforash e sai de 4 versículos dos salmos 30, 65 e 119; deve ser escrito na mão e serve também para dar uma velocidade incrível ao escriba.)

O próprio Zôhar provê uma pista, declarando que deveria ser revelado em preparação para a redenção final, mil e duzentos anos depois da destruição do segundo Templo.90 Como o Templo foi destruído no ano 69, isto significaria que o Zôhar seria revelado em 1269. A sociedade secreta que foi guardiã destes mistérios confiou esta tarefa ao Rabino Moshe de León, que possivelmente foi membro desse grupo.

Ao ver partes do texto e ouvir os rumores contraditórios que o cercavam, o Rabino Isaac de Aco decidiu investigar o assunto. Ele se reuniu com o Rabino Moshe de León, que posteriormente jurou que o manuscrito era um texto autêntico do Rabi Shimon bar Iochai. É difícil imaginar que um santo como o Rabino Moshe violaria o terceiro mandamento e juraria falsamente a respeito disso, não importando qual fosse o seu motivo. Entusiasmado, o Rabino Isaac lhe pediu para ver o manuscrito original e o Rabino Moshe prontamente concordou. Novamente, seria difícil ver como alguém estaria tão disposto a exibir um manuscrito que não existia, ou até mesmo um que tenha sido forjado.

Porém, antes que o Rabino Isaac pudesse ver o manuscrito, o Rabino Moshe morreu. Ao indagar sobre os manuscritos, ele foi informado por David de Pancorbo que a viúva do Rabino Moshe sustentava que o manuscrito nunca tinha existido e que o texto inteiro tinha sido inventado. Atordoado, o Rabino Isaac decidiu explorar o assunto mais a fundo. Em sua procura, foi informado por um cabalista proeminente, o Rabino Josef Halevi, que ele tinha testado o Rabino Moshe uma vez com relação ao Zôhar. Alegando ter perdido um manuscrito, ele fez o Rabino Moshe lhe escrever um novo e concluiu como sendo precisamente idêntico ao primeiro. Esta foi uma indicação clara que o escritor tinha um manuscrito do qual ele fazia cópias. Encorajado, o Rabino Isaac de Aco estava determinado a investigar até chegar a uma conclusão final.

O relato completo está no Divrê Haiamim (“Crônicas”) do Rabino Isaac, mas nenhum manuscrito deste texto sobreviveu. Porém, a seleção pertinente foi publicada pelo Rabino Abraham Zacuto (1448-1515) no seu Sêfer Haiuchassin (“Livro das Genealogias”), mas foi apagada de todas as edições desse livro, exceto da primeira, as quais foram publicadas pelo autor em 1510 em Constantinopla.91 Infelizmente, o relato publicado termina abruptamente, provavelmente porque o autor não tinha as páginas restantes, e então, nos deixando sem a tal conclusão do Rabino Isaac de Aco.

Além disto, vários outros pontos também ficaram pendentes. Por exemplo: se o Rabino Moshe realmente escreveu uma cópia para si mesmo, o que aconteceu com ela? Por que ninguém se lembra de tê-la visto?

Parece óbvio que nenhum dos contemporâneos do Rabino Moshe considerava que ele fosse capaz de ser o autor do Zôhar. Quem alegava que ele o tinha escrito dizia que ele o fizera através do “Nome de Escrever”, que permitiria a uma pessoa escrever de uma maneira além das capacidades naturais. Além disso, qualquer um que estivesse familiarizado com os escritos do Rabino Moshe, que são extensos, imediatamente veria que todo seu sistema é muito diferente do Zôhar.92

A história de David Pancorbo pode ser explicada de muitas maneiras. Em primeiro lugar, ela foi contada de terceira mão, da esposa do Rabino Moshe para um certo Josef, então do próprio Josef, e finalmente para David, que por sua vez fez este relato ao Rabino Isaac. Isto deixa muito espaço para erro. E quão confiável foi a viúva? Pergaminho era um artigo muito caro naqueles dias, e em virtude de sua intensa pobreza, ela bem poderia ter vendido os manuscritos como pergaminho velho, para ser reutilizado, como era muito comum naquela época. Quando foi questionada depois acerca dos manuscritos, ela pode ter ficado envergonhada de ter disposto de um valioso volume de tal maneira e simplesmente inventado essa história, negando que os manuscritos alguma vez tivessem existido, uma resposta perfeitamente natural.

Outra possibilidade é que David ou Josef ficaram envergonhados em admitir que eles tinham tentado furtar estes documentos inestimáveis da viúva do Rabino Moshe. Eles poderiam realmente tê-los obtido, mas não queriam que um estranho soubesse que eles tinham feito assim, sem informar a viúva do seu verdadeiro valor. Sob a lei judaica, este teria sido um ato muito reprovável, e ela poderia até mesmo tê-los processado para recuperar os manuscritos. As suspeitas de muitos são levadas mais adiante, visto que David fala muito indelicadamente do Rabino Moshe, ainda que entre os seus contemporâneos, em geral, ele parece ter desfrutado da reputação de sábio e santo.

Mas qual foi a conclusão pessoal do Rabino Isaac? Esta é a pergunta mais importante. Ela é crítica para qualquer discussão sobre o Zôhar e não foi explorada suficientemente. Olhando para as suas próprias palavras, nós encontramos o que ele escreve no seu Otsar Chayim: “O Rabi Shimon bar Iochai claramente percebeu que as forças espirituais superiores são muito zelosas dos que se ocupam dos Trabalhos da Criação, que é a sabedoria natural, e dos Trabalhos da Mercavá, que é a sabedoria Divina. Junto com seu filho, o Rabi Eliezer, e os dez sábios que estavam com eles na caverna (!), ele então escreveu o Zôhar em aramaico ao invés de em hebraico [devido a estas forças não entenderem aramaico].”93

Citando o Zôhar em outro lugar, o Rabino Isaac igualmente escreve: “Estas são as palavras do Rabi Shimon bar Iochai, e é proibido afastar-se delas. Elas são as palavras vivas de Deus… mais doces do que o mel. Pela autoridade que foi dada a ele do alto, como nunca antes foi dada a qualquer outro sábio. Comparado a outros sábios, ele é como Moisés em relação aos outros profetas.”94

Em vários outros lugares, ele cita igualmente o Zôhar como uma obra do Rabi Shimon.95 O fato dele citar o Zôhar não é por si só uma prova de que ele o aceitou como um texto antigo e autêntico. Mas ele não o atribuiria tão abertamente ao Rabi Shimon bar Iochai se não o considerasse autêntico.

Um ponto mais importante é que o Otsar Chayim foi escrito depois que o Rabino Isaac investigou a origem do Zôhar. Nós recordamos que o relato inteiro desta investigação é citado do seu Divrê Haiamim. Este foi claramente escrito antes do seu Otsar Chayim, pois em vários lugares do livro posterior ele menciona seu Divrê Haiamim.96

Chegamos então a uma conclusão altamente significante. A pessoa em melhor posição para investigar a autenticidade do Zôhar, depois de uma investigação completa, declara abertamente que ele foi escrito pelo Rabi Shimon bar Iochai. Este fato escapou a atenção dos historiadores e pode ser altamente útil na dissipação das dúvidas sobre a autenticidade do Zôhar.

 

Excerto do Sêfer Haiuchassin

No mês de Adar, o Rabino Isaac escreve que Aco foi destruída no ano 5050 (1291) e os justos de Israel foram mortos da maneira mais brutal. O Rabino Isaac sobreviveu, e antes de 5065 (1305) esteve em Navarra, na província de Asti, Itália. No ano 5065 (1305), ele veio para Toledo.

O seguinte relato é encontrado em seu Divrê Haiamim. Ele também escreveu um texto de Cabalá no ano do Anjo (Hamalach = 96), [quer dizer, no ano 5096 (1336)].97  E foi neste período que Aco foi destruída, e muitos foram levados em cativeiro, inclusive o neto do Ramban e o neto do Rabino David, filho do Rabino Abrahão, filho de Maimônides.

Depois ele foi para a Espanha, para investigar como o Zôhar foi achado em seu tempo. Ele tinha sido escrito pelo Rabi Shimon e seu filho Eliezer na caverna. Felizes são aqueles que são dignos de sua verdade, para em sua luz verem luz.98

Ele atestou a sua autenticidade, embora alguns manuscritos semelhantes tenham sido forjados. Ele disse que soube da tradição que todo o escrito em aramaico foi de fato do Rabi Shimon. Porém, o que está em hebraico foi uma adição posterior, já que o livro original foi escrito completamente em aramaico.99

Estas são as suas palavras:

Quando eu vi o Zôhar, percebi que suas palavras são maravilhosas, tiradas de um lugar alto, da Fonte que dá sem receber, abençoado seja sempre o Nome da glória do Seu Reino para toda a eternidade. Eu o procurei, e perguntei sobre ele para eruditos que têm grandes seções do texto. Eram palavras maravilhosas, conhecidas pela tradição cabalística, que tinham sido transmitidas oralmente, mas que nunca lhes permitiram ser escritas em um livro, onde elas estivessem claramente disponíveis para todos que podem ler.

Eu indaguei sobre suas fontes, mas as respostas que recebi não eram concordantes. Alguns disseram uma coisa, outros tinham uma história completamente diferente.

Alguns disseram que o fiel Ramban o havia enviado da Terra santa para seu filho na Catalunha, mas que o vento tinha trazido o navio à terra de Aragão. Outros disseram que tinha vindo para Alicante. Eventualmente, ele veio às mãos do sábio Rabino Moshe de León, que também é chamado de Rabino Moshe de Guadalajara.

Outros alegaram que o Rabi Shimon bar Iochai de fato nunca escreveu o livro, mas que o Rabino Moshe sabia o “Nome de Escrever”, e por seu poder, tinha escrito estas coisas maravilhosas. Para conseguir um preço alto e obter muito dinheiro para os manuscritos, ele “pendurou suas palavras em grandes árvores.”100 Ele disse então que tinha transcrito este conhecimento de um livro escrito pelo Rabi Shimon bar Iochai, seu filho, o Rabino Eliezer, e sua escola.

Quando vim à Espanha, cheguei na cidade de Valladolid, onde o rei fez sua capital. E foi lá que conheci o Rabino Moshe, e nós nos tornamos amigos e discutimos [o Zôhar]. Ele fez um solene juramento e me prometeu: “Possa Deus me castigar, e possa Ele continuar fazendo assim se [o Zôhar] não for um livro antigo escrito pelo Rabi Shimon bar Iochai. Neste mesmo momento, o manuscrito está em minha casa, em Ávila, onde eu vivo. Venha e me visite lá, e eu o mostrarei a você.”

Em seguida, nos separamos, e o Rabino Moshe foi para Arevalo, a caminho de sua casa em Ávila. Ele ficou doente em Arevalo e morreu lá.

Quando ouvi estas notícias, fiquei mortalmente chateado, mas decidi visitar Avila.

Quando lá cheguei, encontrei um sábio ancião, cujo nome é Rabino David de Pancorbo. Encontrei graça aos seus olhos e o liguei por um juramento, dizendo: “Solucione para mim o mistério do Zôhar. Alguns dizem uma coisa e outros dizem o oposto. O próprio rabino Moshe jurou [que o Zôhar é autêntico], mas morreu antes que pudesse comprová-lo a mim. Eu não sei quem está certo e na palavra de quem acreditar.” Ele respondeu: “A verdade é esta: eu descobri sem dúvida que este livro chamado Zôhar nunca existiu, e nunca veio à mão do Rabino Moshe. Mas ele foi mestre do Nome de Escrever, e através do poder de tal nome, escreveu tudo naquele livro. Escute e lhe direi como eu descobri isto.”

“O Rabino Moshe foi um grande esbanjador, jogando fora dinheiro muito generosamente. Hoje, a casa dele poderia estar cheia de prata e ouro, dados a ele por pessoas ricas que compreendem os grandes mistérios que ele lhes deu, escritos através do Nome de Escrever. Mas amanhã estará completamente vazia. Sua mulher e filha estão agora virtualmente nuas, famintas, sedentas e totalmente destituídas.”

“Quando soube que ele tinha morrido em Arevelo, fui ao homem mais rico da cidade, cujo nome é Josef de Avila, e disse a ele: ‘Finalmente chegou a hora de você obter o inestimável [original] manuscrito do Zôhar. Ouça precisamente meu conselho.’ Eu o aconselhei que instruísse a esposa dele: ‘Envia tua empregada com um presente generoso à viúva do Rabino Moshe.’ Ela fez isto e, no dia seguinte, ele lhe disse para ir à casa da viúva do Rabino Moshe e dizer: ‘Eu gostaria que meu filho se casasse com sua filha. Se você concordar, nunca faltará comida ou vestimenta para o resto de sua vida. Eu não quero nada de você além do manuscrito do Zôhar, do qual seu marido transcreveu as cópias que ele distribuiu.’ [Josef] falou para a esposa dele: <Fale separadamente com mãe e filha e lhes conte isto. Escute a resposta delas cuidadosamente e veja se as duas dizem a mesma coisa’.”

“A viúva do Rabino Moshe jurou para a esposa de Josef, e disse: <Possa Deus me castigar [se eu minto para você], mas meu marido nunca possuiu tal livro. Tudo o que ele escreveu foi inventado, da sua própria mente’.”

“Ela relatou que o via frequentemente escrevendo sem qualquer outro livro à sua frente, e ela lhe perguntava: ‘Por que você fala para as pessoas que está transcrevendo isto de um livro? Você não tem um livro, e está fazendo tudo de sua cabeça! Não seria melhor se você dissesse que você é o autor deste livro e que ele é produto de seu intelecto? Você não teria mais honra?’

“Ele respondeu: ‘Se revelasse meu segredo, que estou fazendo criações de minha própria mente, eles não prestariam atenção ao que eu escrevo. Eles não me dariam um centavo por meus escritos, já que não os considerariam nada além do que produto de minha imaginação. Mas agora, quando eles ouvem que ele é tirado do Zôhar, escrito pelo Rabi Shimon bar Iochai, com Rúach Hacódesh, e que eu estou só transcrevendo, eles pagam um preço alto por isto. Você pode ver isto por si mesma.’

“Depois disto, a esposa de Josef falou com a filha do Rabino Moshe, dizendo as mesmas coisas que ela tinha dito à mãe dela. Ela propôs que ela se casasse com seu filho e que a mãe seria provida de comida e vestimenta. Ela respondeu exatamente igual à sua mãe, não somando nem subtraindo nada. Você precisa de qualquer evidência mais clara que isto?”

Após ouvir isto, fiquei confuso e desanimado. Na ocasião, eu estava certo de que nunca tinha havido qualquer manuscrito original. Tudo que existiu foi o que ele tinha feito usando o Nome de Escrever e distribuído às pessoas.

(N.T.: A falta de caráter disfarçada de David e Josef não foram suficientes para diminuir o brilho do Rabino Moshe. Ainda que esta fosse a verdade, não é qualquer um que poderia usar o Nome de Escrever, e é bom enfatizar que este Nome de Escrever também é um nome de Deus e tudo que sai através dele vem Dele. Existem registros em algumas sociedades secretas que era muito comum governantes e pessoas muito abastadas consultarem e obterem serviços de camiot feitas por cabalistas especializados em nomes Divinos. Em sua maioria, esses Baale Shem – “mestres do Nome” – apesar de serem regiamente pagos, costumavam viver com muita simplicidade, para não atrair o Áyin Hará.)

 

Eu então deixei Ávila e viajei para Talavera. Lá encontrei um sábio  extraordinário, com um coração generoso e olhar bondoso, chamado Rabino Josef Halevi, filho do grande cabalista, Rabino Todros.101 Perguntei a ele sobre o Zôhar.

Ele respondeu: “Você deve saber e acreditar que o manuscrito do Zôhar que o Rabino Moshe teve foi escrito pelo Rabi Shimon bar Iochai. E foi deste manuscrito que ele transcreveu, dando cópias àqueles a quem ele julgou merecedores. Eu testei o Rabino Moshe para ver se ele estava realmente copiando de um texto antigo ou se ele o estava meramente inventando pelo poder do Nome de Escrever.”

“Este foi o teste: ele tinha escrito para mim muitos volumes grandes do Zôhar. Muitos dias depois que ele os tinha escrito, escondi um dos fólios e lhe falei que o tinha perdido, pressionando-o a me escrever outra cópia. Ele disse: ‘Se você me mostrar o final do fólio anterior e o começo do próximo, eu poderei lhe proporcionar uma cópia exata.” Fiz isto e, depois de vários dias, ele me trouxe uma cópia do fólio perdido. Eu o comparei com a cópia original e não havia absolutamente nenhuma diferença entre elas. Nada tinha sido somado ou omitido, e não havia nenhuma mudança de palavras. Teor e conteúdo eram exatamente os mesmos, da mesma maneira como se tivesse sido copiado do meu original. Pode haver um teste melhor do que este?”

Deixei Talavera e vim para Toledo, onde continuei a investigar o livro, indagando entre os sábios e seus discípulos. Lá descobri que o assunto também era controverso, e estavam sendo expressadas opiniões opostas.

Eu lhes contei sobre o teste do Rabino Josef, mas eles replicaram que isto não era de nenhum modo conclusivo. Era bastante possível que [o Rabino Moshe] tivesse usado o Nome de Escrever para fazer uma cópia para si, e então transcreveu-a de sua própria cópia. Ele teria um texto primário, e fazia como se estivesse copiando de um manuscrito antigo.

Entretanto, descobri algo novo lá. Os discípulos me falaram que tinham visto um homem velho, cujo nome era Jacob, que tinha sido um proeminente discípulo do Rabino Moshe e que tinha sido amado por ele como um filho. [Eu falei com ele, e] ele invocou céu e terra como suas testemunhas de que o Zôhar que o Rabi Shimon bar Iochai escreveu…


88. Isto está, portanto, citado no Moshal Hacadmoni pelo Rabino Isaac ibn Abu Saulah, publicado em muitas edições. Ele é encontrado também no Otsar Hacavod pelo Rabino Todros Abuláfia, ver Cadmut Sêfer Hazôhar 1:3. Ver Tarbits 3:181-183 (1932), Kiryat Sêfer 6:109-118 (1930).
89. Shem Haguedolim, Sefarim, Záyin 8.
90. Zôhar 2:9b.
91. Sêfer Haiuchessin (Constantinople, 1510) pág. 42. O texto inteiro é citado em Tishbi, Mishnat Hazôhar (Jerusalém, 1971), Volume I, pág. 29. Ver também Sêfer Iuchasin Hashalem (London-Edinberg, 1857) págs. 88, 89; Otsar Hasefarim, Záyin 61; Jewish Quarterly Review (JQR) 4:361-368 (1892).
92. Ver Rabino David Luria, Cadmut Sêfer Hazôhar I (New York, 1951) pág. 27 ff.
93. Otsar Chayim, pág. 95a.
94. Ibid. 65b, 66a.
95. Ibid. 60a, 102a, 215a. Ver também Ibid. 183a, e compare isto ao Jewish Theological Seminary, Ms. Adler 1589, pág. 1236, citado em Scholem, Major Trends in Jewish Mysticism, pág. 394, nota 127.
96. Ver nota 73.
97. Isto muito provavelmente se refere ao Otsar Chayim, que, de acordo com isso, foi escrito no ano 5096 (1336). No fim do livro (pág. 2386), o autor fala da revelação que veio para ele no Shabat, 16 de Elul, quando a porção Ki Tavo foi lida. Tal Shabat ocorreu em 16 de Elul do ano de 5096!
98. Parafraseando Salmos 36:10.
99. Ver nota 93.
100. Parafraseando Betsa 27a, Baba Batra 316, Avodá Zará 7b.
101. Rabino Todros Halevi [Abuláfia] foi o autor de Otsar Hacavod. Ele frequentemente cita o Zôhar, ver nota 88.


meditação e cabalá

Trecho extraído do livro Meditação e Cabalá – Teoria e Prática
Autor: Aryeh Kaplan\
Editora Sêfer
Páginas: 364

Apresenta a metodologia dos antigos cabalistas e suas técnicas meditativas derivadas dos profetas da Bíblia, e brinda os leitores com relevantes trechos do “Zôhar”, de “Os Grandes Hechalot” (texto básico da escola da Mercabá), de “Vida do Mundo Futuro” de Abraham Abuláfia, de “Portões da Santidade” de Josef Gikatalia, e alguns dos “Portões da Inspiração Divina” da escola luriânica, textos secretos de grandes cabalistas.

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Embora os manuscritos incluíssem duas dúzias de textos, eles foram considerados como um único corpo de literatura. Histórias começaram a ser contadas sobre como estes manuscritos tinham sido escondidos em uma caverna durante mil anos e desenterrados por um rei árabe e enviados a Toledo.

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Afinal, quem escreveu o Zôhar?

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